segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ligustro causa doenças!

Prof. Elmar Floss

Uma adequada arborização das cidades é de fundamental importância sob ponto de vista paisagístico, da melhoria do ambiente, bem como do bem estar das pessoas.
Mas, a luz dos conhecimentos de hoje, não basta plantar qualquer espécie arbórea. O planejamento da arborização é uma questão complexa que deve levar em consideração muitos aspectos, como o sombreamento, enraizamento, fiação, saúde pública, entre outros. O que normalmente, não é considerado é a saúde humana. E, nada é mais importante do que cuidar da saúde pública.
Por Isso, há casos em que temos que substituir árvores existentes, que não atendem as necessidades. Esse é o caso do ligustro, Trata-se de uma planta exótica, trazida pelos imigrantes europeus e plantada em ruas, avenidas, praças e outros logradouros públicos. A planta produz boa sombra, não levanta calçada, “não suja as calçadas” com suas folhas no outono, pois é perene. Por isso foi plantada em praticamente todas as cidades do sul do Brasil.
Entretanto, quando o ligustro floresce, abundantemente, seu pólem causa crises de alergia a milhares de pessoas na região. Na verdade, trata-se de um pólem pesado (úmido) que o vento arrasta a curtas distâncias. Mas, é justamente nas calçadas, o mais próximo das casas em que está plantado, e ,produzindo pólem.
Na época da florada, as pessoas abrem as janelas durante o dia para arejar a casa e na verdade estão enchendo-a de pólem. A noite, quando dormem, vem a crise alergica, naquelas sensíveis. Isso custa desconforto, altos gastos com médicos e medicamentos e até mesmo hospitalizações. Como a percentagem de pessoas alérgicas a esse pólem é alta, são custos expressivos dos recursos públicos gastos.
Como produz abndante quantidade de sementes, essas são levadas pelas água da chuva e por passarinhos ao interior. Já está se tornando uma das principais invasoras de áreas de preservação ambiental, a beira de mananciais hídricos. Vários municípios criaram leis que estimulam a eliminação desses ligustros na área urbana e rural, pagando pelo metro cúbico de madeira.
A cidade de Gramado, por exemplo, substituiu todos os ligustros por outras espécies vegetais, não causadoras de alergia. Como uma cidade quer atrair turistas, se as pessoas a visitam ficam doentes.
Portanto, a substituição desses ligustros por outras espécies é uma questão de saúde pública. E, preservar a saúde humana,especialmente de crianças e idosos, significa melhorara a qualidade de vida da população.

2 comentários:

  1. PARABÉNS PELO ARTIGO.UMA PERGUNTA SE FAZ NECESSÁRIA...PORQUE A PREFEITURA E A SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE"DIFICULTA' TANTO A RETIRADA DO LIGUSTRO QUE ESTÁ NA FRENTE DE MINHA CASA E QUE ESTÁ CAUSANDO SÉRIOS PROBLEMAS ALÉRGICOS A 3 PESSOAS ACIMA DE 70 ANOS QUE MORAM EM FRENTE?

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  2. O LIGUSTRO MENOR, AQUELE QUE É CONSIDERADO ARBUSTO NÃO TEM ESTE IMPLICADOR, CERTO?

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