quarta-feira, 21 de julho de 2010

Qualidade do leite

Prof. Elmar Floss
A produção de leite está tornando-se uma das atividades econômicas mais importantes da região. É uma alternativa que viabiliza propriedades seja pequena, média ou grande. Por isso, tantas indústrias estão instaladas na região, que vai transformar o Rio Grande do sul no principal estado produtor brasileiro de leite.
Mas, além da quantidade, é fundamental a melhoria da qualidade do leite produzido.
Trata-se de uma exigência do mercado consumidor interno, mas também, na busca de mercados internacionais, visando a exportação de derivados lácteos..
Os padrões de qualidade são muito rigorosos em outros países.
Por isso, é de grande importância o controle da qualidade do leite, realizado pelo Laboratório do Centro de Pesquisa em Alimentação, o Sarle – Serviço de Análise de Rebanhos Leiteiros.
Esse laboratório realiza a análise de mais de 140 mil análises de amostras de leite por mês, vindas das mais diferentes regiões.
Para atingir esses padrões de qualidade de leite, não é muito difícil.
Há necessidade de um rigoroso controle sanitário do rebanho, alimentação adequada e a adoção de medidas de higiene.

Dormência de frutíferas

Prof. Elmar Floss
Todas as frutíferas de clima temperado, como pessegueiros, ameixeiras, macieiras, pereiras, figueiras, videiras e outras, apresentam dormência ou repouso durante o inverno.
O principal fator ambiental causador da dormência é a redução do comprimento do dia ou o aumento das noites.Em dias curtos (ou noites longas) a planta produz o hormônio abscisna ou ácido abscísico, que desencadeia a dormência.
Essa dormência invernal ou repouso é fundamental para essas espécies, pois propicia um rebrote vigoroso na primavera, uma florada abundante e uniforme, mas, especialmente, a produção de frutos, em quantidade e qualidade.
Com o frio (vernalização) ou dias longos, a palnta sintetiza o hormônio Giberelina (Ácido giberélico), que promove a quebra da dormência. A palnat rebrota e floresce.
O veranico do final de junho e início de julho, provocou a quebra da dormência.
Então, é a hora de realizar a poda de frutificação.
Segue-se a parábola bíblica, do ramo e da vinha: divida-me que me multiplicarei!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ligustro causa doenças!

Prof. Elmar Floss

Uma adequada arborização das cidades é de fundamental importância sob ponto de vista paisagístico, da melhoria do ambiente, bem como do bem estar das pessoas.
Mas, a luz dos conhecimentos de hoje, não basta plantar qualquer espécie arbórea. O planejamento da arborização é uma questão complexa que deve levar em consideração muitos aspectos, como o sombreamento, enraizamento, fiação, saúde pública, entre outros. O que normalmente, não é considerado é a saúde humana. E, nada é mais importante do que cuidar da saúde pública.
Por Isso, há casos em que temos que substituir árvores existentes, que não atendem as necessidades. Esse é o caso do ligustro, Trata-se de uma planta exótica, trazida pelos imigrantes europeus e plantada em ruas, avenidas, praças e outros logradouros públicos. A planta produz boa sombra, não levanta calçada, “não suja as calçadas” com suas folhas no outono, pois é perene. Por isso foi plantada em praticamente todas as cidades do sul do Brasil.
Entretanto, quando o ligustro floresce, abundantemente, seu pólem causa crises de alergia a milhares de pessoas na região. Na verdade, trata-se de um pólem pesado (úmido) que o vento arrasta a curtas distâncias. Mas, é justamente nas calçadas, o mais próximo das casas em que está plantado, e ,produzindo pólem.
Na época da florada, as pessoas abrem as janelas durante o dia para arejar a casa e na verdade estão enchendo-a de pólem. A noite, quando dormem, vem a crise alergica, naquelas sensíveis. Isso custa desconforto, altos gastos com médicos e medicamentos e até mesmo hospitalizações. Como a percentagem de pessoas alérgicas a esse pólem é alta, são custos expressivos dos recursos públicos gastos.
Como produz abndante quantidade de sementes, essas são levadas pelas água da chuva e por passarinhos ao interior. Já está se tornando uma das principais invasoras de áreas de preservação ambiental, a beira de mananciais hídricos. Vários municípios criaram leis que estimulam a eliminação desses ligustros na área urbana e rural, pagando pelo metro cúbico de madeira.
A cidade de Gramado, por exemplo, substituiu todos os ligustros por outras espécies vegetais, não causadoras de alergia. Como uma cidade quer atrair turistas, se as pessoas a visitam ficam doentes.
Portanto, a substituição desses ligustros por outras espécies é uma questão de saúde pública. E, preservar a saúde humana,especialmente de crianças e idosos, significa melhorara a qualidade de vida da população.

O que é malte?

Prof. Elmar Floss
O consumo de cerveja é foi um dos produtos cujo consumo “per-capita” que mais aumentou no Brasil, desde 1994. O Plano real, controlou a inflação e aumentou o poder aquisitivo da população.
Mas, o Brasil não é auto-suficiente na produção de malte, a principal matéria prima para fabricação da cerveja. A maior parte do malte utilizado nas cervejarias brasileiras é importado, especialmente da Argentina. A Argentina, além do alto rendimento da cevada-cervejeira, também produz um grão de alta qualidade industrial, mercê das condições favoráveis de solo e clima.
A instalação de novas maltarias, como a que está sendo construída em Passo Fundo, estimula a produção de cevada-cervejeira na região, como uma alternativa econômica de inverno. No verão, 1005 da área cultivada na região é ocupada por culturas econômicas, como soja, milho, feijão, entre outras. Mas, no inverno, ainda temos uma enorme área de solos férteis ociosos. E, a ocupação integral de nossas áreas de solo, no inverno e verão, é de fundamental importância na estabiliadde do agronegócio do Sul do Brasil.
A Embrapa trigo, que iniciou um programa de pesquisa em cevada-cervejeira em 1974, criou grande número de cultivares. Atualmente, 85% da área cultivada com cevada-cervejeira no Brasil é de cultivares criados pela Embrapa Trigo, conforme informa o pesquisador Euclides Minella.
Mas, o que é malte?
Na elaboração do malte são utilizados somente grãos (cariopses) limpos, com largura maior que 2,2mm, com um teor de proteína não superior a 11,5% e com poder germinativo mínimo de 95%. Na maltaria, esses grãos são umedecidos e colocados em câmara de germinação, numa temperatura entre 20 e 25 oC. Dessa forma é ativado o metabolismo das cariopses, pelas próprias enzimas, que convertem o amido (de alto peso molecular e insolúvel) num açúcar simples, denominado de maltose. Daí o termo malte. Quando essa conversão ocorreu, sinalizado pelo aparecimentos das primeiras raízes, o processo é interrompido, torrando os grãos. Está pronto o malte.
Esse malte é moído e colocado em fermentação, por ação do microrganismo Sacharomyces cerevisiae, que utiliza somente a maltose com substrato para fermentação e produção de álcool. Por isso, cariopses que não germinam, não servem para fabricação de cerveja. Não ocorrendo germinação, o amido não é convertido em maltose.