quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
sexta-feira, 1 de julho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2011
quarta-feira, 6 de abril de 2011
segunda-feira, 28 de março de 2011
terça-feira, 22 de março de 2011
quarta-feira, 9 de março de 2011
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Fatores que influem no rendimento das culturas
Eng. Agr., Dr. Elmar Luiz Floss
Professor Emérito e Consultor do Agronegócio
Membro da Academia Passo-fundense de Letras
Instituto de Ciências Agronômicas Porfessor Elmar Luiz Floss - INCIA
E.mail: elmar@grupofloss.com
Os grandes cenários da Agronegócio acenam para a necessidade o aumento permanente da produtividade, da melhoria da qualidade do produto colhido, da rentabilidade, da competitividade num mundo globalizado e da sustentabilidade (econômica, social e ambiental).
O aumento da produtividade (total de biomassa seca produzida por unidade de área) ou do rendimento (quantidade de produto econômico colhido por unidade de área, ex. grãos), também conhecido como fotossíntese líquida, está na dependência de mais de 50 fatores. Cada fator influi individualmente com uma pequena parcela, que somados ao conjunto fazem com que os rendimentos continuem aumentando, para gerar o necessário aumento na rentabilidade da propriedade.
Depende da interação de fatores, relacionados com as características genéticas dos cultivares (potencial de rendimento, adaptabilidade a cada região edafo-climática, ciclo, estatura de plantas, morfologia,...), das condições ambientais (clima e solo) para expressão desse potencial, do manejo ou dos tratos culturais utilizados pelos produtores e de fatores internos, como o controle hormonal de todos os processos fisiológicos envolvidos com o desenvolvimento e a produção vegetal.
De forma genérica, o aumento do potencial de rendimento e da qualidade do produto colhido, depende de fatores promotores da produção e fatores mantenedores da produção. Os fatores promotores da produção são os mais importantes, e envolvem a adoção de tecnologias como a escolha do cultivar, da adequada implantação da cultura (época, profundidade, espaçamento e densidade de semeadura), da adubação e da correção correta do solo, da irrigação, da rotação de culturas, da utilização do sistema de semeadura direta, dentre outras. Os fatores mantenedores da produção, tem a função evitar as perdas do potencial de rendimento determinado pelos fatores promotores, como o controle adequado das moléstias, das pragas e das plantas daninhas. Saliente-se, que o principal fator para aumentar a eficiência no controle de moléstias é a rotação de culturas e o equilíbrio nutricional das plantas.
A genética chega na lavoura através das sementes, razão da importância da busca permanente de sementes dos novos cultivares que tenham efetivamente características diferenciais. Para conhecer melhor o potencial de rendimento e a adaptabilidade dos mesmos às condições de clima e solo de cada micro-região, é de fundamental importância participar de dias de campo e observar as áreas demonstrativas de novos cultivares.
O potencial genético somente se expressa caso haja condições ambientais adequadas, como luminosidade, disponibilidade de água, temperatura, aeração e permeabilidade do solo, pH em torno de 6 e disponibilidade de nutrientes. Estima-se que 65% do potencial de rendimento depende dos fatores climáticos. Como as condições climáticas são instáveis, há necessidade da adoção de estratégias que procuram minimizar esse risco, como a diversificação de culturas, diversificação de cultivares com diferentes ciclos em cada cultura e a diversificação em épocas de semeadura. Já, as condições de solo dependem das técnicas de manejo utilizados, melhorando suas condições físicas, químicas e biológicas. Um solo bem manejado é aquele em que há aumento progressivo do teor de matéria orgânica (seqüestro de carbono e nitrogênio). Essa matéria orgânica é o principal fator responsável pela melhoria das condições físicas (permeabilidade, aeração) e químicas (aumento da capacidade de troca de cátions, reciclagem de nutrientes) do solo. A principal é a maior retenção de água no solo, fundamental para minimizar os efeitos de estiagens de curta duração.
A semeadura direta é um sistema que somente se sustenta, trazendo todas as vantagens, como controle da erosão, aumento da infiltração de água, redução da variação da temperatura e evaporação, reciclagem de nutrientes, dentre outros, com o planejamento também da produção de palha, da ordem de 9 a 12 t por ha/ano.
Portanto, o desenvolvimento pleno de uma cultura depende do equilíbrio nutricional e equilíbrio hormonal. Os fatores ambientais são os principais responsáveis pela mudança hormonal, que por sua vez determinam a expressão genética. O equilíbrio nutricional se traduz por um estado nutricional equilibrado entre micro e macronutrientes, sem deficiência ou toxidez. Os hormônios vegetais são classificados em promotores e inibidores. A adequada condição da cultura é quando a concentração de hormônios promotores (giberelinas, auxinas e citocininas) é maior que a concentração de inibidores (etileno, abscisina e compostos fenólicos).
Professor Emérito e Consultor do Agronegócio
Membro da Academia Passo-fundense de Letras
Instituto de Ciências Agronômicas Porfessor Elmar Luiz Floss - INCIA
E.mail: elmar@grupofloss.com
Os grandes cenários da Agronegócio acenam para a necessidade o aumento permanente da produtividade, da melhoria da qualidade do produto colhido, da rentabilidade, da competitividade num mundo globalizado e da sustentabilidade (econômica, social e ambiental).
O aumento da produtividade (total de biomassa seca produzida por unidade de área) ou do rendimento (quantidade de produto econômico colhido por unidade de área, ex. grãos), também conhecido como fotossíntese líquida, está na dependência de mais de 50 fatores. Cada fator influi individualmente com uma pequena parcela, que somados ao conjunto fazem com que os rendimentos continuem aumentando, para gerar o necessário aumento na rentabilidade da propriedade.
Depende da interação de fatores, relacionados com as características genéticas dos cultivares (potencial de rendimento, adaptabilidade a cada região edafo-climática, ciclo, estatura de plantas, morfologia,...), das condições ambientais (clima e solo) para expressão desse potencial, do manejo ou dos tratos culturais utilizados pelos produtores e de fatores internos, como o controle hormonal de todos os processos fisiológicos envolvidos com o desenvolvimento e a produção vegetal.
De forma genérica, o aumento do potencial de rendimento e da qualidade do produto colhido, depende de fatores promotores da produção e fatores mantenedores da produção. Os fatores promotores da produção são os mais importantes, e envolvem a adoção de tecnologias como a escolha do cultivar, da adequada implantação da cultura (época, profundidade, espaçamento e densidade de semeadura), da adubação e da correção correta do solo, da irrigação, da rotação de culturas, da utilização do sistema de semeadura direta, dentre outras. Os fatores mantenedores da produção, tem a função evitar as perdas do potencial de rendimento determinado pelos fatores promotores, como o controle adequado das moléstias, das pragas e das plantas daninhas. Saliente-se, que o principal fator para aumentar a eficiência no controle de moléstias é a rotação de culturas e o equilíbrio nutricional das plantas.
A genética chega na lavoura através das sementes, razão da importância da busca permanente de sementes dos novos cultivares que tenham efetivamente características diferenciais. Para conhecer melhor o potencial de rendimento e a adaptabilidade dos mesmos às condições de clima e solo de cada micro-região, é de fundamental importância participar de dias de campo e observar as áreas demonstrativas de novos cultivares.
O potencial genético somente se expressa caso haja condições ambientais adequadas, como luminosidade, disponibilidade de água, temperatura, aeração e permeabilidade do solo, pH em torno de 6 e disponibilidade de nutrientes. Estima-se que 65% do potencial de rendimento depende dos fatores climáticos. Como as condições climáticas são instáveis, há necessidade da adoção de estratégias que procuram minimizar esse risco, como a diversificação de culturas, diversificação de cultivares com diferentes ciclos em cada cultura e a diversificação em épocas de semeadura. Já, as condições de solo dependem das técnicas de manejo utilizados, melhorando suas condições físicas, químicas e biológicas. Um solo bem manejado é aquele em que há aumento progressivo do teor de matéria orgânica (seqüestro de carbono e nitrogênio). Essa matéria orgânica é o principal fator responsável pela melhoria das condições físicas (permeabilidade, aeração) e químicas (aumento da capacidade de troca de cátions, reciclagem de nutrientes) do solo. A principal é a maior retenção de água no solo, fundamental para minimizar os efeitos de estiagens de curta duração.
A semeadura direta é um sistema que somente se sustenta, trazendo todas as vantagens, como controle da erosão, aumento da infiltração de água, redução da variação da temperatura e evaporação, reciclagem de nutrientes, dentre outros, com o planejamento também da produção de palha, da ordem de 9 a 12 t por ha/ano.
Portanto, o desenvolvimento pleno de uma cultura depende do equilíbrio nutricional e equilíbrio hormonal. Os fatores ambientais são os principais responsáveis pela mudança hormonal, que por sua vez determinam a expressão genética. O equilíbrio nutricional se traduz por um estado nutricional equilibrado entre micro e macronutrientes, sem deficiência ou toxidez. Os hormônios vegetais são classificados em promotores e inibidores. A adequada condição da cultura é quando a concentração de hormônios promotores (giberelinas, auxinas e citocininas) é maior que a concentração de inibidores (etileno, abscisina e compostos fenólicos).
Cevada, malte e cerveja
Elmar Luiz Floss
Engenheiro Agrônomo e Licenciado em Ciências, Doutor em Agronomia, Professor Emérito de Passo Fundo e Consultor em Agronegócios
Membro da Academia Passo-fundense de Letras
A cevada-cervejeira (Hordeum vulgare var. distichum ) é um cereal de inverno cultivado em diversas regiões no mundo e destinada prioritariamente na elaboração de malte, usado na elaboração de cerveja e destilados. Também é utilizada na alimentação humana na forma de farinhas, flocos e bebida alternativa ao café. A cevada é o cereal de inverno mais exigente em fertilidade dos solos, para expressão de altos potenciais de rendimento e boa qualidade industrial de grãos.
A cevada é originária da região Asiática, na região da antiga Mesopotâmia, tendo sua domesticação ocorrida em época pré-histórica, no início da agricultura, há aproximadamente 7000 anos antes de Cristo. A grande expansão da cultura e o seu melhoramento genético, que permitiu a obtenção dos cultivares modernos de cevada hoje disponíveis, ocorreu na Europa e posteriormente nos Estados Unidos e Canadá. No Brasil, a cultura é relativamente recente, cuja expansão ocorreu somente a partir da metade do século 20 com a expansão das indústrias cervejeiras.
Trata-se de uma importante cultura alternativa em algumas regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, para inclusão no sistema de produção, especialmente, em sucessão a soja. Tradicionalmente, a cevada é cultivada em sistemas integrados de produção com as companhias cervejeiras, como a Ambev, geralmente em parceria com cooperativas de produção. Atualmente, a maior parte do malte utilizado na fabricação de cerveja, cujo consumo cresce significativamente a cada ano que passa no Brasil, é importado, especialmente da Argentina. Com a instalação da Maltaria da Ambev em Passo Fundo, com previsão de início de atividades a partir de 2011, abre-se uma perspectiva de aumento da área cultivada desse cereal na região. Isso representa uma ocupação econômica de parte dos solos que ficam ociosos no período de inverno, gerando renda, empregos diretos e indiretos, e, tributos na região produtora.
Quanto aos principais fatores de produção da cevada, há disponibilidade de cultivares, com altos potenciais de rendimento bem como com adequada qualidade para malteação. Ao longo dos anos, a pesquisa também desenvolveu tecnologias de manejo da cultura (tratos culturais), desde a semeadura até a colheita, objetivando, além de altos rendimentos e qualidade industrial dos grãos, o aumento da rentabilidade ao produtor. Em relação ao fator ambiental, a cevada-cervejeira deve ser cultivada somente em solos corrigidos e de alta fertilidade, através de semeadura direta, sobre resteva de soja, obrigatoriamente em rotação de culturas para minimizar os riscos sanitários. É tolerante ao frio, expressando seu potencial em anos com primaveras secas, de alta luminosidade e baixas temperaturas noturnas, mas, sensível ao excesso de chuva na maturação.
O grão de cevada destinado à malteação deve ter no máximo 12% de proteína, largura maior que 2,5cm e um poder germinativo mínimo de 95%. Isso por que, a malteação consiste numa pré-germinação do grão de cevada, para que o sistema enzimático converta o amido em maltose, que é o substrato utilizado pelos microrganismos de fermentação alcoólica, na indústria cervejeira. Aqui está a sensibilidade da cevada às condições de excesso de chuva na maturação, pois nesse caso ocorre uma redução no poder germinativo ou vigor dos grãos, tornando-os impróprios para malteação. No grão que não germina, não há a conversão do amido em maltose, portanto não serve com matéria prima na fabricação de cerveja. Nesse caso, seu destino é a alimentação animal, especialmente, na nutrição vacas leiteiras.
Engenheiro Agrônomo e Licenciado em Ciências, Doutor em Agronomia, Professor Emérito de Passo Fundo e Consultor em Agronegócios
Membro da Academia Passo-fundense de Letras
A cevada-cervejeira (Hordeum vulgare var. distichum ) é um cereal de inverno cultivado em diversas regiões no mundo e destinada prioritariamente na elaboração de malte, usado na elaboração de cerveja e destilados. Também é utilizada na alimentação humana na forma de farinhas, flocos e bebida alternativa ao café. A cevada é o cereal de inverno mais exigente em fertilidade dos solos, para expressão de altos potenciais de rendimento e boa qualidade industrial de grãos.
A cevada é originária da região Asiática, na região da antiga Mesopotâmia, tendo sua domesticação ocorrida em época pré-histórica, no início da agricultura, há aproximadamente 7000 anos antes de Cristo. A grande expansão da cultura e o seu melhoramento genético, que permitiu a obtenção dos cultivares modernos de cevada hoje disponíveis, ocorreu na Europa e posteriormente nos Estados Unidos e Canadá. No Brasil, a cultura é relativamente recente, cuja expansão ocorreu somente a partir da metade do século 20 com a expansão das indústrias cervejeiras.
Trata-se de uma importante cultura alternativa em algumas regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, para inclusão no sistema de produção, especialmente, em sucessão a soja. Tradicionalmente, a cevada é cultivada em sistemas integrados de produção com as companhias cervejeiras, como a Ambev, geralmente em parceria com cooperativas de produção. Atualmente, a maior parte do malte utilizado na fabricação de cerveja, cujo consumo cresce significativamente a cada ano que passa no Brasil, é importado, especialmente da Argentina. Com a instalação da Maltaria da Ambev em Passo Fundo, com previsão de início de atividades a partir de 2011, abre-se uma perspectiva de aumento da área cultivada desse cereal na região. Isso representa uma ocupação econômica de parte dos solos que ficam ociosos no período de inverno, gerando renda, empregos diretos e indiretos, e, tributos na região produtora.
Quanto aos principais fatores de produção da cevada, há disponibilidade de cultivares, com altos potenciais de rendimento bem como com adequada qualidade para malteação. Ao longo dos anos, a pesquisa também desenvolveu tecnologias de manejo da cultura (tratos culturais), desde a semeadura até a colheita, objetivando, além de altos rendimentos e qualidade industrial dos grãos, o aumento da rentabilidade ao produtor. Em relação ao fator ambiental, a cevada-cervejeira deve ser cultivada somente em solos corrigidos e de alta fertilidade, através de semeadura direta, sobre resteva de soja, obrigatoriamente em rotação de culturas para minimizar os riscos sanitários. É tolerante ao frio, expressando seu potencial em anos com primaveras secas, de alta luminosidade e baixas temperaturas noturnas, mas, sensível ao excesso de chuva na maturação.
O grão de cevada destinado à malteação deve ter no máximo 12% de proteína, largura maior que 2,5cm e um poder germinativo mínimo de 95%. Isso por que, a malteação consiste numa pré-germinação do grão de cevada, para que o sistema enzimático converta o amido em maltose, que é o substrato utilizado pelos microrganismos de fermentação alcoólica, na indústria cervejeira. Aqui está a sensibilidade da cevada às condições de excesso de chuva na maturação, pois nesse caso ocorre uma redução no poder germinativo ou vigor dos grãos, tornando-os impróprios para malteação. No grão que não germina, não há a conversão do amido em maltose, portanto não serve com matéria prima na fabricação de cerveja. Nesse caso, seu destino é a alimentação animal, especialmente, na nutrição vacas leiteiras.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
terça-feira, 30 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Importância do linho ou linhaça
Em qualquer país do mundo, há uma grande preocupação na busca de uma alimentação mais saudável. Estamos vivendo a era dos alimentos nutricêuticos, que além dos componentes nutritivos tradicionais, como energia, proteína, vitaminas sais minerais, sejam também funcionais. Essas ações funcionais de alimentos vegetais estão relacionadas com a presença de outros componentes que previnem doenças. O primeiro grão alimentício considerado funcional pelo FDA (órgão do Ministério da Saúde dos EUA, que cuida de medicamentos e alimentos) foi a aveia.
Nos últimos anos, o grão de linho oleaginoso, popularmente conhecida por linhaça, passou a ser muito utilizado na alimentação humana pelas suas propriedades funcionais. Trata-se de uma cultura muito antiga, inicialmente cultivada com o objetivo de produzir fibras. A fibra de linho foi a primeira matéria prima utilizada na tecelagem pelos egípcios antigos. Há registros de que na Idade da Pedra, os grãos do linho também eram utilizados na alimentação humana, durante o inverno, como fonte energética. Mais tarde, o óleo de linhaça foi extraído para utilização nas lamparinas.
Levada para a Europa e depois para a América do norte, a cultura passou a sofrer processo de melhoramento genético, propiciando o desenvolvimento dos cultivares que tem como principal aptidão a produção de óleo. A sua composição química também foi elucidada. O teor de óleo nos grãos de linho varia conforme o cultivar e o ambiente de cultivo, variando de 35 a 40%. Verificou-se que o óleo de linho tinha a propriedade de ser secante ou seja, em contato com o oxigênio do ar, há uma oxidação, formando uma película impermeável. Por isso passou a ser utilizada na indústria de tintas a óleo, exatamente para provocar o secamento da pintura.
Foi no óleo de linho que os pesquisadores encontram pela primeira vez o ácido linolênico (ômega 3) e o ácido linoléico (ômega 6). As propriedades “secantes” do óleo devem-se a presença do ácido linolênico. No linho comum o teor de ácido linolênico representa aproximadamente 50% do total de ácidos graxos presentes no óleo. Outra característica desse ácido graxo é a facilidade de rancificação quando em contato com o ar. Esse processo forma ácido butírico, que transmite um gosto extremamente desagradável ao alimento.
Entretanto, as pesquisas recentes mostraram que o ômega 3 e 6 tem um papel muito importante na prevenção de doenças. Seu uso está muito relacionado com a almejada longevidade. Na Finlândia, o país de maior longevidade do mundo, observa-se o maior consumo “per-capita” de grãos de linho ou linhaça. O óleo de linho é o mais rico nesse dois ácidos graxos, seguindo-se o óleo virgem de oliva, canola e girassol. Por isso, o consumo de grãos de linho aumentou significativamente, especialmente, nos países desenvolvidos. Como o grão é muito sensível a rancificação, os grãos devem ser conservados na geladeira ou freezer. A trituração deve ser realizada somente no ato de consumo, pois o processo acelera a rancificação. As indústrias realizam uma estabilização térmica das enzimas para evitar a rancificação.
Recentemente, pesquisadores do Canadá e Austrália, desenvolveram uma variedade de linho, denominada de Solin, que ao invés de ter 50% de ômega 3 no óleo, tem apenas 5%. Dessa forma, esses grãos tem menor tendência a rancificação.
Aqui no Brasil, essa variedade de linho passou a ser difundida como Linhaça Dourada, pois os grãos tem çor amarela e não o tradicional marron do linho comum. Está virando um verdadeiro modismo na busca de uma alimentação saudável, com grande publicidade nas principais revistas brasileiras.
Mas, se o Linhaça Dourada tem a vantagem de não rancificar, facilitando seu uso na alimentação humana, perdeu-se a maior proporção exatamente do ômega 3, a principal razão funcional do linho.
Nos últimos anos, o grão de linho oleaginoso, popularmente conhecida por linhaça, passou a ser muito utilizado na alimentação humana pelas suas propriedades funcionais. Trata-se de uma cultura muito antiga, inicialmente cultivada com o objetivo de produzir fibras. A fibra de linho foi a primeira matéria prima utilizada na tecelagem pelos egípcios antigos. Há registros de que na Idade da Pedra, os grãos do linho também eram utilizados na alimentação humana, durante o inverno, como fonte energética. Mais tarde, o óleo de linhaça foi extraído para utilização nas lamparinas.
Levada para a Europa e depois para a América do norte, a cultura passou a sofrer processo de melhoramento genético, propiciando o desenvolvimento dos cultivares que tem como principal aptidão a produção de óleo. A sua composição química também foi elucidada. O teor de óleo nos grãos de linho varia conforme o cultivar e o ambiente de cultivo, variando de 35 a 40%. Verificou-se que o óleo de linho tinha a propriedade de ser secante ou seja, em contato com o oxigênio do ar, há uma oxidação, formando uma película impermeável. Por isso passou a ser utilizada na indústria de tintas a óleo, exatamente para provocar o secamento da pintura.
Foi no óleo de linho que os pesquisadores encontram pela primeira vez o ácido linolênico (ômega 3) e o ácido linoléico (ômega 6). As propriedades “secantes” do óleo devem-se a presença do ácido linolênico. No linho comum o teor de ácido linolênico representa aproximadamente 50% do total de ácidos graxos presentes no óleo. Outra característica desse ácido graxo é a facilidade de rancificação quando em contato com o ar. Esse processo forma ácido butírico, que transmite um gosto extremamente desagradável ao alimento.
Entretanto, as pesquisas recentes mostraram que o ômega 3 e 6 tem um papel muito importante na prevenção de doenças. Seu uso está muito relacionado com a almejada longevidade. Na Finlândia, o país de maior longevidade do mundo, observa-se o maior consumo “per-capita” de grãos de linho ou linhaça. O óleo de linho é o mais rico nesse dois ácidos graxos, seguindo-se o óleo virgem de oliva, canola e girassol. Por isso, o consumo de grãos de linho aumentou significativamente, especialmente, nos países desenvolvidos. Como o grão é muito sensível a rancificação, os grãos devem ser conservados na geladeira ou freezer. A trituração deve ser realizada somente no ato de consumo, pois o processo acelera a rancificação. As indústrias realizam uma estabilização térmica das enzimas para evitar a rancificação.
Recentemente, pesquisadores do Canadá e Austrália, desenvolveram uma variedade de linho, denominada de Solin, que ao invés de ter 50% de ômega 3 no óleo, tem apenas 5%. Dessa forma, esses grãos tem menor tendência a rancificação.
Aqui no Brasil, essa variedade de linho passou a ser difundida como Linhaça Dourada, pois os grãos tem çor amarela e não o tradicional marron do linho comum. Está virando um verdadeiro modismo na busca de uma alimentação saudável, com grande publicidade nas principais revistas brasileiras.
Mas, se o Linhaça Dourada tem a vantagem de não rancificar, facilitando seu uso na alimentação humana, perdeu-se a maior proporção exatamente do ômega 3, a principal razão funcional do linho.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
terça-feira, 17 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Fácil é produzir. Difícil é comercializar!
Prof. Elmar Luiz Floss
Com frequencia, com boa dose de razão, diz-se que no agronegócio é mais fácil produzir do que comercializar.E, é justamente na comercialização queo produtor obtem a lucratividade/rentabilidade de seu negócio.
Mesmo reconhecendo que a produção de grãos depende de mais de 50 fatores, relacionados com as características genéticas dos cultivares, condições de ambiente (solo e clima) e das práticas de manejo adotadas pelos produtores. Mas, a maioria das tecnologias de manejo estão ao alcance dos produtores.
Já, na comercialização, a maioria dos fatores que influem na formação de preços, não estão ao alcance dos produtores.
Atualmente, a lei da oferta e procura influi menos na variação dos preços do que a especulação financeira envolvendo as commodities.
Nesse cenário, o produtor rural não tem poder de barganha. Quando vai comprar máquinas, equipamentos ou insumos, a pergunta clássica que faz é: quanto custa?
Quando tem produtos para vender, pergunta: quanto me pagam?
Com frequencia, com boa dose de razão, diz-se que no agronegócio é mais fácil produzir do que comercializar.E, é justamente na comercialização queo produtor obtem a lucratividade/rentabilidade de seu negócio.
Mesmo reconhecendo que a produção de grãos depende de mais de 50 fatores, relacionados com as características genéticas dos cultivares, condições de ambiente (solo e clima) e das práticas de manejo adotadas pelos produtores. Mas, a maioria das tecnologias de manejo estão ao alcance dos produtores.
Já, na comercialização, a maioria dos fatores que influem na formação de preços, não estão ao alcance dos produtores.
Atualmente, a lei da oferta e procura influi menos na variação dos preços do que a especulação financeira envolvendo as commodities.
Nesse cenário, o produtor rural não tem poder de barganha. Quando vai comprar máquinas, equipamentos ou insumos, a pergunta clássica que faz é: quanto custa?
Quando tem produtos para vender, pergunta: quanto me pagam?
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Por que o rendimento médio de soja no RS é tão baixo?
Prof. Elmar Floss
A soja é a principal cultura brasileira produtora de grãos, em área cultivada, produção de grãos e divisas obtidas na exportação de excedentes. A exportação de grãos e farelo de soja representa a entrada de aproximadamente 14 bilhões de reais.
Numa análise das informações disponíveis no IBGE e Conab, a partir de 1961, verifica-se um aumento na média do rendimento brasileiro de soja de 1127 kg/ha para 2941 kg/ha na safra 2009/2010. Isso representa um expressivo crescimento do rendimento de 261% no período, ou seja, um crescimento linear de 37 kg/ha/ano. Esse crescimento é superior ao obtido nos Estados Unidos no mesmo período, que é da ordem de 33 kg/ha/ano.
As principais razões do crescimento brasileiro do rendimento da soja são: a) o melhoramento genético, com a criação de cultivares brasileiros, mais adaptados as nossas condições de solo e clima; b) a calagem dos solos, pois o desenvolvimento das culturas é limitado pela acidez do solo; c) a adoção do sistema plantio direto, reduzindo a erosão do solo, melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo; d) a maior eficiência no controle de plantas daninhas, pragas e moléstias; e) uma adubação mais adequada em função do aumento dos potenciais de rendimento; f) melhor ajuste na população de plantas e épocas de semeadura, em função das características de cada cultivar.
Mas, quando analisamos o rendimento de soja dos estados do Rio Grande do Sul e Paraná, verifica-se que ficamos para trás. Na safra de 2009/2010, o rendimento médio do PR foi de 3148 kg/ha., enquanto no RS foi de apenas 2.490 kg/ha. Observa-e que a média de rendimento de soja no RS foi na última safra de 451 kg/ha menor que a média brasileira e 658kg/há abaixo da média do PR. Essa diferença entre RS e PR é superior a lucratividade média da cultura. Ao mesmo tempo, verificamos na última safra, que alguns produtores da região bateram recordes de rendimento. A grande discussão estima razões dessa diferença tão grande no rendimento da soja entre esses dois estados. Seriam os solos melhores no PR? Seriam as condições climáticas mais favoráveis no PR? Para mim, a principal razão está na aplicação mais adequada das modernas tecnologias disponíveis. Por que, os altos rendimentos obtidos por produtores que utilizam as tecnologias adequadas prova que temos potencial para produzir mais.
Nessa última safra, vários produtores de soja na região colheram acima de 70 sacas/ha, ou seja, rendimentos acima de 4.200 kg/ha. Há poucos dias, os produtores Vanderlei e altair Basegio ganharam um prêmio da BASF pelo recorde de rendimento. Colheram 93 sacas de soja por ha, numa área de aproximadamente 10 ha, que representa 5.580 kg/ha. Mas, numa área de 360 fecharam com uma média de 86 sacas/ha. Esse rendimento é muito superior ao rendimento médio dos produtores americanos, os maiores produtores mundiais dessa aleuro-oleaginosa.
Isso demonstra que quando se usa os melhores cultivares, aplica-se, no manejo da cultura, as melhores tecnologias disponíveis e num ano de condições ambientais favoráveis, podem ser obtidos rendimentos muito acima da média. Para comparar, o rendimento obtido pelo Vanderlei Basegio é 2.639 kg/ha maior que a média brasileira e 3.090 kg/ha acima da média do RS. A diferença e rendimento é maior que a média de todo o RS.
Decididamente, não podemos atribuir apenas as estiagens nossa baixa média de rendimento da soja.
A soja é a principal cultura brasileira produtora de grãos, em área cultivada, produção de grãos e divisas obtidas na exportação de excedentes. A exportação de grãos e farelo de soja representa a entrada de aproximadamente 14 bilhões de reais.
Numa análise das informações disponíveis no IBGE e Conab, a partir de 1961, verifica-se um aumento na média do rendimento brasileiro de soja de 1127 kg/ha para 2941 kg/ha na safra 2009/2010. Isso representa um expressivo crescimento do rendimento de 261% no período, ou seja, um crescimento linear de 37 kg/ha/ano. Esse crescimento é superior ao obtido nos Estados Unidos no mesmo período, que é da ordem de 33 kg/ha/ano.
As principais razões do crescimento brasileiro do rendimento da soja são: a) o melhoramento genético, com a criação de cultivares brasileiros, mais adaptados as nossas condições de solo e clima; b) a calagem dos solos, pois o desenvolvimento das culturas é limitado pela acidez do solo; c) a adoção do sistema plantio direto, reduzindo a erosão do solo, melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo; d) a maior eficiência no controle de plantas daninhas, pragas e moléstias; e) uma adubação mais adequada em função do aumento dos potenciais de rendimento; f) melhor ajuste na população de plantas e épocas de semeadura, em função das características de cada cultivar.
Mas, quando analisamos o rendimento de soja dos estados do Rio Grande do Sul e Paraná, verifica-se que ficamos para trás. Na safra de 2009/2010, o rendimento médio do PR foi de 3148 kg/ha., enquanto no RS foi de apenas 2.490 kg/ha. Observa-e que a média de rendimento de soja no RS foi na última safra de 451 kg/ha menor que a média brasileira e 658kg/há abaixo da média do PR. Essa diferença entre RS e PR é superior a lucratividade média da cultura. Ao mesmo tempo, verificamos na última safra, que alguns produtores da região bateram recordes de rendimento. A grande discussão estima razões dessa diferença tão grande no rendimento da soja entre esses dois estados. Seriam os solos melhores no PR? Seriam as condições climáticas mais favoráveis no PR? Para mim, a principal razão está na aplicação mais adequada das modernas tecnologias disponíveis. Por que, os altos rendimentos obtidos por produtores que utilizam as tecnologias adequadas prova que temos potencial para produzir mais.
Nessa última safra, vários produtores de soja na região colheram acima de 70 sacas/ha, ou seja, rendimentos acima de 4.200 kg/ha. Há poucos dias, os produtores Vanderlei e altair Basegio ganharam um prêmio da BASF pelo recorde de rendimento. Colheram 93 sacas de soja por ha, numa área de aproximadamente 10 ha, que representa 5.580 kg/ha. Mas, numa área de 360 fecharam com uma média de 86 sacas/ha. Esse rendimento é muito superior ao rendimento médio dos produtores americanos, os maiores produtores mundiais dessa aleuro-oleaginosa.
Isso demonstra que quando se usa os melhores cultivares, aplica-se, no manejo da cultura, as melhores tecnologias disponíveis e num ano de condições ambientais favoráveis, podem ser obtidos rendimentos muito acima da média. Para comparar, o rendimento obtido pelo Vanderlei Basegio é 2.639 kg/ha maior que a média brasileira e 3.090 kg/ha acima da média do RS. A diferença e rendimento é maior que a média de todo o RS.
Decididamente, não podemos atribuir apenas as estiagens nossa baixa média de rendimento da soja.
Cultivo da canola
Prof. Elmar Floss
Cada vez mais encontramos coxilhas no Planalto Rio-grandense, de cor amarela no inverno. Deve-se ao aumento da área cultivada com a cultura da canola, antigamente chamada de colza. a canola é uma oleaginosa, da família da couve e do repolho, selecionada para a aptidão de produzir grãos, com elevados teores de óleo.Os cultivares hoje disponíveis para cultivo na região, apresentam teores de óleo que varia de 36 a 44%. Esse óleo tem uma excelente qualiadde nutritiva, equivalente ao óleo virgem de oliva. No entanto, é mais barato produzir óleo de canola do que de oliva. É rico nos ácidos graxos insaturados como Ácido linolêico (Ômega 6) e Ácido linolênico (Ômega 3), importantes na produção do colesterol bom e evitar a formação do colesterol de alta densidade, causador de doenças do coração. Na região, o cultivo da canola é fomentado pela BSBios, para sua utilização na elaboração de biodiesel. Como é uma cultura de inverno, a canola não compete com o cultivo da soja, que é de verão.
As flores amarelas também são muito apreciadas pelas abelhas, na busca de néctar e pólem. Isso é muito importante para os apicultores, pois temos poucas alternas de flora apícola no período de inverno, na região.O mel produzido a parti da flor da canola tem grande procura comercial, pois possui os mesmos flavonóides encontardos na couve-flor, brócoli e outras brássicas,muito saudáveis.
Cada vez mais encontramos coxilhas no Planalto Rio-grandense, de cor amarela no inverno. Deve-se ao aumento da área cultivada com a cultura da canola, antigamente chamada de colza. a canola é uma oleaginosa, da família da couve e do repolho, selecionada para a aptidão de produzir grãos, com elevados teores de óleo.Os cultivares hoje disponíveis para cultivo na região, apresentam teores de óleo que varia de 36 a 44%. Esse óleo tem uma excelente qualiadde nutritiva, equivalente ao óleo virgem de oliva. No entanto, é mais barato produzir óleo de canola do que de oliva. É rico nos ácidos graxos insaturados como Ácido linolêico (Ômega 6) e Ácido linolênico (Ômega 3), importantes na produção do colesterol bom e evitar a formação do colesterol de alta densidade, causador de doenças do coração. Na região, o cultivo da canola é fomentado pela BSBios, para sua utilização na elaboração de biodiesel. Como é uma cultura de inverno, a canola não compete com o cultivo da soja, que é de verão.
As flores amarelas também são muito apreciadas pelas abelhas, na busca de néctar e pólem. Isso é muito importante para os apicultores, pois temos poucas alternas de flora apícola no período de inverno, na região.O mel produzido a parti da flor da canola tem grande procura comercial, pois possui os mesmos flavonóides encontardos na couve-flor, brócoli e outras brássicas,muito saudáveis.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Qualidade do leite
Prof. Elmar Floss
A produção de leite está tornando-se uma das atividades econômicas mais importantes da região. É uma alternativa que viabiliza propriedades seja pequena, média ou grande. Por isso, tantas indústrias estão instaladas na região, que vai transformar o Rio Grande do sul no principal estado produtor brasileiro de leite.
Mas, além da quantidade, é fundamental a melhoria da qualidade do leite produzido.
Trata-se de uma exigência do mercado consumidor interno, mas também, na busca de mercados internacionais, visando a exportação de derivados lácteos..
Os padrões de qualidade são muito rigorosos em outros países.
Por isso, é de grande importância o controle da qualidade do leite, realizado pelo Laboratório do Centro de Pesquisa em Alimentação, o Sarle – Serviço de Análise de Rebanhos Leiteiros.
Esse laboratório realiza a análise de mais de 140 mil análises de amostras de leite por mês, vindas das mais diferentes regiões.
Para atingir esses padrões de qualidade de leite, não é muito difícil.
Há necessidade de um rigoroso controle sanitário do rebanho, alimentação adequada e a adoção de medidas de higiene.
A produção de leite está tornando-se uma das atividades econômicas mais importantes da região. É uma alternativa que viabiliza propriedades seja pequena, média ou grande. Por isso, tantas indústrias estão instaladas na região, que vai transformar o Rio Grande do sul no principal estado produtor brasileiro de leite.
Mas, além da quantidade, é fundamental a melhoria da qualidade do leite produzido.
Trata-se de uma exigência do mercado consumidor interno, mas também, na busca de mercados internacionais, visando a exportação de derivados lácteos..
Os padrões de qualidade são muito rigorosos em outros países.
Por isso, é de grande importância o controle da qualidade do leite, realizado pelo Laboratório do Centro de Pesquisa em Alimentação, o Sarle – Serviço de Análise de Rebanhos Leiteiros.
Esse laboratório realiza a análise de mais de 140 mil análises de amostras de leite por mês, vindas das mais diferentes regiões.
Para atingir esses padrões de qualidade de leite, não é muito difícil.
Há necessidade de um rigoroso controle sanitário do rebanho, alimentação adequada e a adoção de medidas de higiene.
Dormência de frutíferas
Prof. Elmar Floss
Todas as frutíferas de clima temperado, como pessegueiros, ameixeiras, macieiras, pereiras, figueiras, videiras e outras, apresentam dormência ou repouso durante o inverno.
O principal fator ambiental causador da dormência é a redução do comprimento do dia ou o aumento das noites.Em dias curtos (ou noites longas) a planta produz o hormônio abscisna ou ácido abscísico, que desencadeia a dormência.
Essa dormência invernal ou repouso é fundamental para essas espécies, pois propicia um rebrote vigoroso na primavera, uma florada abundante e uniforme, mas, especialmente, a produção de frutos, em quantidade e qualidade.
Com o frio (vernalização) ou dias longos, a palnta sintetiza o hormônio Giberelina (Ácido giberélico), que promove a quebra da dormência. A palnat rebrota e floresce.
O veranico do final de junho e início de julho, provocou a quebra da dormência.
Então, é a hora de realizar a poda de frutificação.
Segue-se a parábola bíblica, do ramo e da vinha: divida-me que me multiplicarei!
Todas as frutíferas de clima temperado, como pessegueiros, ameixeiras, macieiras, pereiras, figueiras, videiras e outras, apresentam dormência ou repouso durante o inverno.
O principal fator ambiental causador da dormência é a redução do comprimento do dia ou o aumento das noites.Em dias curtos (ou noites longas) a planta produz o hormônio abscisna ou ácido abscísico, que desencadeia a dormência.
Essa dormência invernal ou repouso é fundamental para essas espécies, pois propicia um rebrote vigoroso na primavera, uma florada abundante e uniforme, mas, especialmente, a produção de frutos, em quantidade e qualidade.
Com o frio (vernalização) ou dias longos, a palnta sintetiza o hormônio Giberelina (Ácido giberélico), que promove a quebra da dormência. A palnat rebrota e floresce.
O veranico do final de junho e início de julho, provocou a quebra da dormência.
Então, é a hora de realizar a poda de frutificação.
Segue-se a parábola bíblica, do ramo e da vinha: divida-me que me multiplicarei!
segunda-feira, 19 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Ligustro causa doenças!
Prof. Elmar Floss
Uma adequada arborização das cidades é de fundamental importância sob ponto de vista paisagístico, da melhoria do ambiente, bem como do bem estar das pessoas.
Mas, a luz dos conhecimentos de hoje, não basta plantar qualquer espécie arbórea. O planejamento da arborização é uma questão complexa que deve levar em consideração muitos aspectos, como o sombreamento, enraizamento, fiação, saúde pública, entre outros. O que normalmente, não é considerado é a saúde humana. E, nada é mais importante do que cuidar da saúde pública.
Por Isso, há casos em que temos que substituir árvores existentes, que não atendem as necessidades. Esse é o caso do ligustro, Trata-se de uma planta exótica, trazida pelos imigrantes europeus e plantada em ruas, avenidas, praças e outros logradouros públicos. A planta produz boa sombra, não levanta calçada, “não suja as calçadas” com suas folhas no outono, pois é perene. Por isso foi plantada em praticamente todas as cidades do sul do Brasil.
Entretanto, quando o ligustro floresce, abundantemente, seu pólem causa crises de alergia a milhares de pessoas na região. Na verdade, trata-se de um pólem pesado (úmido) que o vento arrasta a curtas distâncias. Mas, é justamente nas calçadas, o mais próximo das casas em que está plantado, e ,produzindo pólem.
Na época da florada, as pessoas abrem as janelas durante o dia para arejar a casa e na verdade estão enchendo-a de pólem. A noite, quando dormem, vem a crise alergica, naquelas sensíveis. Isso custa desconforto, altos gastos com médicos e medicamentos e até mesmo hospitalizações. Como a percentagem de pessoas alérgicas a esse pólem é alta, são custos expressivos dos recursos públicos gastos.
Como produz abndante quantidade de sementes, essas são levadas pelas água da chuva e por passarinhos ao interior. Já está se tornando uma das principais invasoras de áreas de preservação ambiental, a beira de mananciais hídricos. Vários municípios criaram leis que estimulam a eliminação desses ligustros na área urbana e rural, pagando pelo metro cúbico de madeira.
A cidade de Gramado, por exemplo, substituiu todos os ligustros por outras espécies vegetais, não causadoras de alergia. Como uma cidade quer atrair turistas, se as pessoas a visitam ficam doentes.
Portanto, a substituição desses ligustros por outras espécies é uma questão de saúde pública. E, preservar a saúde humana,especialmente de crianças e idosos, significa melhorara a qualidade de vida da população.
Uma adequada arborização das cidades é de fundamental importância sob ponto de vista paisagístico, da melhoria do ambiente, bem como do bem estar das pessoas.
Mas, a luz dos conhecimentos de hoje, não basta plantar qualquer espécie arbórea. O planejamento da arborização é uma questão complexa que deve levar em consideração muitos aspectos, como o sombreamento, enraizamento, fiação, saúde pública, entre outros. O que normalmente, não é considerado é a saúde humana. E, nada é mais importante do que cuidar da saúde pública.
Por Isso, há casos em que temos que substituir árvores existentes, que não atendem as necessidades. Esse é o caso do ligustro, Trata-se de uma planta exótica, trazida pelos imigrantes europeus e plantada em ruas, avenidas, praças e outros logradouros públicos. A planta produz boa sombra, não levanta calçada, “não suja as calçadas” com suas folhas no outono, pois é perene. Por isso foi plantada em praticamente todas as cidades do sul do Brasil.
Entretanto, quando o ligustro floresce, abundantemente, seu pólem causa crises de alergia a milhares de pessoas na região. Na verdade, trata-se de um pólem pesado (úmido) que o vento arrasta a curtas distâncias. Mas, é justamente nas calçadas, o mais próximo das casas em que está plantado, e ,produzindo pólem.
Na época da florada, as pessoas abrem as janelas durante o dia para arejar a casa e na verdade estão enchendo-a de pólem. A noite, quando dormem, vem a crise alergica, naquelas sensíveis. Isso custa desconforto, altos gastos com médicos e medicamentos e até mesmo hospitalizações. Como a percentagem de pessoas alérgicas a esse pólem é alta, são custos expressivos dos recursos públicos gastos.
Como produz abndante quantidade de sementes, essas são levadas pelas água da chuva e por passarinhos ao interior. Já está se tornando uma das principais invasoras de áreas de preservação ambiental, a beira de mananciais hídricos. Vários municípios criaram leis que estimulam a eliminação desses ligustros na área urbana e rural, pagando pelo metro cúbico de madeira.
A cidade de Gramado, por exemplo, substituiu todos os ligustros por outras espécies vegetais, não causadoras de alergia. Como uma cidade quer atrair turistas, se as pessoas a visitam ficam doentes.
Portanto, a substituição desses ligustros por outras espécies é uma questão de saúde pública. E, preservar a saúde humana,especialmente de crianças e idosos, significa melhorara a qualidade de vida da população.
O que é malte?
Prof. Elmar Floss
O consumo de cerveja é foi um dos produtos cujo consumo “per-capita” que mais aumentou no Brasil, desde 1994. O Plano real, controlou a inflação e aumentou o poder aquisitivo da população.
Mas, o Brasil não é auto-suficiente na produção de malte, a principal matéria prima para fabricação da cerveja. A maior parte do malte utilizado nas cervejarias brasileiras é importado, especialmente da Argentina. A Argentina, além do alto rendimento da cevada-cervejeira, também produz um grão de alta qualidade industrial, mercê das condições favoráveis de solo e clima.
A instalação de novas maltarias, como a que está sendo construída em Passo Fundo, estimula a produção de cevada-cervejeira na região, como uma alternativa econômica de inverno. No verão, 1005 da área cultivada na região é ocupada por culturas econômicas, como soja, milho, feijão, entre outras. Mas, no inverno, ainda temos uma enorme área de solos férteis ociosos. E, a ocupação integral de nossas áreas de solo, no inverno e verão, é de fundamental importância na estabiliadde do agronegócio do Sul do Brasil.
A Embrapa trigo, que iniciou um programa de pesquisa em cevada-cervejeira em 1974, criou grande número de cultivares. Atualmente, 85% da área cultivada com cevada-cervejeira no Brasil é de cultivares criados pela Embrapa Trigo, conforme informa o pesquisador Euclides Minella.
Mas, o que é malte?
Na elaboração do malte são utilizados somente grãos (cariopses) limpos, com largura maior que 2,2mm, com um teor de proteína não superior a 11,5% e com poder germinativo mínimo de 95%. Na maltaria, esses grãos são umedecidos e colocados em câmara de germinação, numa temperatura entre 20 e 25 oC. Dessa forma é ativado o metabolismo das cariopses, pelas próprias enzimas, que convertem o amido (de alto peso molecular e insolúvel) num açúcar simples, denominado de maltose. Daí o termo malte. Quando essa conversão ocorreu, sinalizado pelo aparecimentos das primeiras raízes, o processo é interrompido, torrando os grãos. Está pronto o malte.
Esse malte é moído e colocado em fermentação, por ação do microrganismo Sacharomyces cerevisiae, que utiliza somente a maltose com substrato para fermentação e produção de álcool. Por isso, cariopses que não germinam, não servem para fabricação de cerveja. Não ocorrendo germinação, o amido não é convertido em maltose.
O consumo de cerveja é foi um dos produtos cujo consumo “per-capita” que mais aumentou no Brasil, desde 1994. O Plano real, controlou a inflação e aumentou o poder aquisitivo da população.
Mas, o Brasil não é auto-suficiente na produção de malte, a principal matéria prima para fabricação da cerveja. A maior parte do malte utilizado nas cervejarias brasileiras é importado, especialmente da Argentina. A Argentina, além do alto rendimento da cevada-cervejeira, também produz um grão de alta qualidade industrial, mercê das condições favoráveis de solo e clima.
A instalação de novas maltarias, como a que está sendo construída em Passo Fundo, estimula a produção de cevada-cervejeira na região, como uma alternativa econômica de inverno. No verão, 1005 da área cultivada na região é ocupada por culturas econômicas, como soja, milho, feijão, entre outras. Mas, no inverno, ainda temos uma enorme área de solos férteis ociosos. E, a ocupação integral de nossas áreas de solo, no inverno e verão, é de fundamental importância na estabiliadde do agronegócio do Sul do Brasil.
A Embrapa trigo, que iniciou um programa de pesquisa em cevada-cervejeira em 1974, criou grande número de cultivares. Atualmente, 85% da área cultivada com cevada-cervejeira no Brasil é de cultivares criados pela Embrapa Trigo, conforme informa o pesquisador Euclides Minella.
Mas, o que é malte?
Na elaboração do malte são utilizados somente grãos (cariopses) limpos, com largura maior que 2,2mm, com um teor de proteína não superior a 11,5% e com poder germinativo mínimo de 95%. Na maltaria, esses grãos são umedecidos e colocados em câmara de germinação, numa temperatura entre 20 e 25 oC. Dessa forma é ativado o metabolismo das cariopses, pelas próprias enzimas, que convertem o amido (de alto peso molecular e insolúvel) num açúcar simples, denominado de maltose. Daí o termo malte. Quando essa conversão ocorreu, sinalizado pelo aparecimentos das primeiras raízes, o processo é interrompido, torrando os grãos. Está pronto o malte.
Esse malte é moído e colocado em fermentação, por ação do microrganismo Sacharomyces cerevisiae, que utiliza somente a maltose com substrato para fermentação e produção de álcool. Por isso, cariopses que não germinam, não servem para fabricação de cerveja. Não ocorrendo germinação, o amido não é convertido em maltose.
terça-feira, 6 de julho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
segunda-feira, 7 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Passo Fundo, um polo de pesquisa agrícola
Prof. Elmar Floss
Passo Fundo é hoje o principal pólo brasileiro de pesquisa e difusão de tecnologias agrícolas. Isso deve-se ao número de instituições públicas e privadas que aqui atuam, pelo número de pesquisadores envolvidos e a diversidade de áreas abrangidas, com destaque a Embrapa Trigo
Tudo começou em 1940, quando o presidente Getúlio Vargas Inaugurou a Estação Experimental de Trigo, ligada ao Instituto de Pesquisa Agronômicas do Sul – IAS, com sede em Pelotas, situada na localidade de Eng. Englert, hoje município de Sertão.
A partir de 1967, essa Estação Experimental começou a ser transferida para Passo Fundo e foi inaugurada em 1972.
Em 1974, foi transformada no Centro Nacional de Pesquisa de Trigo, com a criação da Embrapa. Na inauguração esteve em Passo Fundo o Presidente da república Ernesto Geisel e o Ministro da Agricultura Alysson Paulinelli. Durante o mandato de Alberto Duque Portugal, hoje Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, como presidente da Embrapa, o Centro Nacional de Pesquisa de Trigo passou a denominar-se de Embrapa Trigo.
A Embrapa Trigo conta hoje com 235 servidores, sendo 44 pesquisadores e 191 servidores apoio, nas atividades administrativas, laboratórios e campo. A maioria dos pesquisadores são doutores/PhD, com titulação obtida no exterior. Para a realização das pesquisas e difusão das tecnologias geradas, a Embrapa Trigo conta com modernos laboratórios, casas de vegetação, telados e campos experimentais. Também mantém diversas parcerias com Universidades e Institutos de Pesquisa Agrícola, de vários países, com destaque para o Cymit (México).
As pesquisas concentram-se nas culturas do trigo, cevada-cervejeira, triticale, centeio, canola, soja, milho e feijão. As tecnologias aqui geradas são utilizadas por produtores em vários estados brasileiros.
Além da produção científica e dos empregos gerados, a Embrapa Trigo é uma expressiva fonte de divisas para Passo fundo, pois seu orçamento é da ordem de 30.milhões por ano. São recursos financeiros vindos, mensalmente, da Brasília e contribuem com a economia local.
O apoio da Embrapa Trigo também decisivo para a implantação do programa de Pesquisa de Aveia na Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, a partir de 1977, destacando-se a colaboração do Dr. Augusto Carlos Baier
. Numa parceria com a Embrapa Trigo, a Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo fundo, implantou o primeiro curso institucional de mestrado em Agronomia, com área de concentração em Fitopatologia (1996) e em Produção Vegetal, no ano 2000. Em 2004, foi criado o primeiro, e até hoje único na UPF, curso de doutorado em Agronomia na UPF, com áreas de concentração em Fitopatologia e Produção Vegetal
Passo Fundo é hoje o principal pólo brasileiro de pesquisa e difusão de tecnologias agrícolas. Isso deve-se ao número de instituições públicas e privadas que aqui atuam, pelo número de pesquisadores envolvidos e a diversidade de áreas abrangidas, com destaque a Embrapa Trigo
Tudo começou em 1940, quando o presidente Getúlio Vargas Inaugurou a Estação Experimental de Trigo, ligada ao Instituto de Pesquisa Agronômicas do Sul – IAS, com sede em Pelotas, situada na localidade de Eng. Englert, hoje município de Sertão.
A partir de 1967, essa Estação Experimental começou a ser transferida para Passo Fundo e foi inaugurada em 1972.
Em 1974, foi transformada no Centro Nacional de Pesquisa de Trigo, com a criação da Embrapa. Na inauguração esteve em Passo Fundo o Presidente da república Ernesto Geisel e o Ministro da Agricultura Alysson Paulinelli. Durante o mandato de Alberto Duque Portugal, hoje Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, como presidente da Embrapa, o Centro Nacional de Pesquisa de Trigo passou a denominar-se de Embrapa Trigo.
A Embrapa Trigo conta hoje com 235 servidores, sendo 44 pesquisadores e 191 servidores apoio, nas atividades administrativas, laboratórios e campo. A maioria dos pesquisadores são doutores/PhD, com titulação obtida no exterior. Para a realização das pesquisas e difusão das tecnologias geradas, a Embrapa Trigo conta com modernos laboratórios, casas de vegetação, telados e campos experimentais. Também mantém diversas parcerias com Universidades e Institutos de Pesquisa Agrícola, de vários países, com destaque para o Cymit (México).
As pesquisas concentram-se nas culturas do trigo, cevada-cervejeira, triticale, centeio, canola, soja, milho e feijão. As tecnologias aqui geradas são utilizadas por produtores em vários estados brasileiros.
Além da produção científica e dos empregos gerados, a Embrapa Trigo é uma expressiva fonte de divisas para Passo fundo, pois seu orçamento é da ordem de 30.milhões por ano. São recursos financeiros vindos, mensalmente, da Brasília e contribuem com a economia local.
O apoio da Embrapa Trigo também decisivo para a implantação do programa de Pesquisa de Aveia na Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, a partir de 1977, destacando-se a colaboração do Dr. Augusto Carlos Baier
. Numa parceria com a Embrapa Trigo, a Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo fundo, implantou o primeiro curso institucional de mestrado em Agronomia, com área de concentração em Fitopatologia (1996) e em Produção Vegetal, no ano 2000. Em 2004, foi criado o primeiro, e até hoje único na UPF, curso de doutorado em Agronomia na UPF, com áreas de concentração em Fitopatologia e Produção Vegetal
domingo, 30 de maio de 2010
Trigo, farinha e pão
O pão é uma espécie de alimento sagrado. Seu uso na alimentação humana e muito antigo. Por isso, o trigo e o pão são tão citados na bíblia. Desde o Egito antigo, o pão tornou-se um dos principais alimentos humanos.
Mas, o tipo de pão varia muito, dependendo do país. Entretanto, o pão francés é hoje o pão mais apreciado pelos consumidores.Levemente tostado por fora, branco e fofo por dentro.
Para elaborá-lo precisa de uma farinha especial, com alta força de glúten, ou seja crescer rapidamente e não abatumar. Essa chamada força de glúten é dada por duas proteínas: glutelina e gliadina. As glutelinas são responsáveis pela estensibilidade, ou seja a capacidade de crescimento da massa. Já as gliadinas são responsáveis pela tenacidade da massa, evitando o rompimento da mesma com o crescimento. Esse crescimento deve-se a fato de que o gás CO2 formado durante a fermentação é retido na massa, formando os poros e deixando o pão fofo.
Ao contrário das albuminas e globulinas que são estruturais, as glutelinas e gliadinas são as últimas proteínas a serem formadas no grão. Por isso para obter um trigo com alta qualidade para panificação, há necessidade de alta disponibilidade de nitrogênio durante a fase de formação do grão. Portanto, a farinha buscada pelo mercado, não é obtida com qualquer cultivar ou com inadequadas práticas culturais.
O Brasil tem um consumo de aproximadamente 12 milhões de t de trigo. Produzimos a metade. Apesar disso, sobra trigo e uma das razões é que nosso trigo não atende as exigências do mercado.
Os produtores devem implantar cultivares de trigo tipo pão e utilizar as tecnologias de manejo da cultura, da semeadura a colheita, relacionadas, ao mesmo tempo, com altos rendimentos e melhor qualidade industrial e nutritiva do pão. Nesse sentido, destaca-se em particular o cuidado com a adequada adubação nitrogenada e com enxofre. O ideal é que para cada 14-15 unidades de N disponíveis no solo (proveniente da degradação da matéria orgânica e adubação), seja usada uma unidade de enxofre.
De outro lado, as pesquisas demonstram que a aplicação de molibdênio na floração, reduz a germinação na espiga, principal razão da perda da qualidade para panificação.
Mas, o tipo de pão varia muito, dependendo do país. Entretanto, o pão francés é hoje o pão mais apreciado pelos consumidores.Levemente tostado por fora, branco e fofo por dentro.
Para elaborá-lo precisa de uma farinha especial, com alta força de glúten, ou seja crescer rapidamente e não abatumar. Essa chamada força de glúten é dada por duas proteínas: glutelina e gliadina. As glutelinas são responsáveis pela estensibilidade, ou seja a capacidade de crescimento da massa. Já as gliadinas são responsáveis pela tenacidade da massa, evitando o rompimento da mesma com o crescimento. Esse crescimento deve-se a fato de que o gás CO2 formado durante a fermentação é retido na massa, formando os poros e deixando o pão fofo.
Ao contrário das albuminas e globulinas que são estruturais, as glutelinas e gliadinas são as últimas proteínas a serem formadas no grão. Por isso para obter um trigo com alta qualidade para panificação, há necessidade de alta disponibilidade de nitrogênio durante a fase de formação do grão. Portanto, a farinha buscada pelo mercado, não é obtida com qualquer cultivar ou com inadequadas práticas culturais.
O Brasil tem um consumo de aproximadamente 12 milhões de t de trigo. Produzimos a metade. Apesar disso, sobra trigo e uma das razões é que nosso trigo não atende as exigências do mercado.
Os produtores devem implantar cultivares de trigo tipo pão e utilizar as tecnologias de manejo da cultura, da semeadura a colheita, relacionadas, ao mesmo tempo, com altos rendimentos e melhor qualidade industrial e nutritiva do pão. Nesse sentido, destaca-se em particular o cuidado com a adequada adubação nitrogenada e com enxofre. O ideal é que para cada 14-15 unidades de N disponíveis no solo (proveniente da degradação da matéria orgânica e adubação), seja usada uma unidade de enxofre.
De outro lado, as pesquisas demonstram que a aplicação de molibdênio na floração, reduz a germinação na espiga, principal razão da perda da qualidade para panificação.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Feijão e arroz
Por muito tempo, o feijão com arroz, era considerado o prato típico dos brasileiros.
De fato, juntando ainda, por exemplo, uma mandioca cozida, um pedaço de carne de frango, bovina ou suína, salada mista (ex. alface, tomate, cenoura, brócoli, couve, couve-flor, beterraba, etc.) e uma fruta ou suco rico em vitamina C (ex. suco de laranja, abacaxi) é um prato altamente nutritivo.
Trata-se de uma adequada combinação de proteínas, glicídios (energia), vitaminas e sais minerais. A deficiência de um ingrediente é compensada pelo outro. Por exemplo, o feijão é rico no aminoácido lisina, enquanto o feijão é rico e metionina.
Por isso, especialistas em Nutrição Humana, apontam esse prato típico como altamente saudável.
Além disso, não custa caro, pois é constituído de alimentos produzidos em qualquer região brasileira.
Entretanto, desde 1994, quando foi implantado o Plano Real, com o controle da inflação e aumento do poder aquisitivo da população, o consumo percapita de feijão, arroz e mandioca reduziu significativamente no Brasil. Como se comer feijão e arroz é comida para pobre.
Infelizmente, os brasileiros estão substituindo esse prato saudável por alimentos derivados somente de amido e muito gordurosos, além de excesso de sal. Claro que os alimentos congelados e industrializados são mais fáceis de serem adotados na dieta humana, pois facilita o trabalho.
Essa receita está levando os brasileiros a má nutrição e a obesidade.
E, isso provoca doenças. Doenças que custam altas somas de recursos públicos aplicados na saúde.
Precisamos retomar o que era nosso e não copiar modelos que já deram errado em outros países. Desta fora, vamos prevenir, para não remediar.
Começando pela alimentação adequada das crianças, a partir da família e também na elaboração de alimentos para escolares.
De fato, juntando ainda, por exemplo, uma mandioca cozida, um pedaço de carne de frango, bovina ou suína, salada mista (ex. alface, tomate, cenoura, brócoli, couve, couve-flor, beterraba, etc.) e uma fruta ou suco rico em vitamina C (ex. suco de laranja, abacaxi) é um prato altamente nutritivo.
Trata-se de uma adequada combinação de proteínas, glicídios (energia), vitaminas e sais minerais. A deficiência de um ingrediente é compensada pelo outro. Por exemplo, o feijão é rico no aminoácido lisina, enquanto o feijão é rico e metionina.
Por isso, especialistas em Nutrição Humana, apontam esse prato típico como altamente saudável.
Além disso, não custa caro, pois é constituído de alimentos produzidos em qualquer região brasileira.
Entretanto, desde 1994, quando foi implantado o Plano Real, com o controle da inflação e aumento do poder aquisitivo da população, o consumo percapita de feijão, arroz e mandioca reduziu significativamente no Brasil. Como se comer feijão e arroz é comida para pobre.
Infelizmente, os brasileiros estão substituindo esse prato saudável por alimentos derivados somente de amido e muito gordurosos, além de excesso de sal. Claro que os alimentos congelados e industrializados são mais fáceis de serem adotados na dieta humana, pois facilita o trabalho.
Essa receita está levando os brasileiros a má nutrição e a obesidade.
E, isso provoca doenças. Doenças que custam altas somas de recursos públicos aplicados na saúde.
Precisamos retomar o que era nosso e não copiar modelos que já deram errado em outros países. Desta fora, vamos prevenir, para não remediar.
Começando pela alimentação adequada das crianças, a partir da família e também na elaboração de alimentos para escolares.
terça-feira, 25 de maio de 2010
O que é um Bushel?
Apesar dos grãos da região, como trigo, milho, soja e outros, serem colhidos, transportados e armazenados a granel, o preço de referência entre nós ainda é a saca de 60kg. Na verdade, não há mais colhedoras com ensacador, nem o armazenamento em sacarias.
Mas, como o preço internacional da soja é baseado na Bolsa de Chicago, os produtores ficam diariamente de olho na variação dos preços desse grão. Já Bolsa de Minneapolis (Minnesota) é forte para cereais, como trigo, aveia, cevada e milho. Mas, o preço nas Bolsa americanas é dado por bushel e não por saca, kg ou tonelada.
O bushel é na verdade uma medida de volume equivalente a um cesto utilizado pelos indígenas nas trocas de produtos, a semelhança da que estamos vendo na Figura abaixo, exposta na Bolsa de Cereais de Minneapolis, nos Estados Unidos.
Como o peso específico é diferente para cada tipo de grão, o peso de um bushel é variável. Por exemplo, um bushel de soja pesa 27,215 kg, de trigo 22,215kg, de aveia 14, 515kg, de cevada 21,772 kg, de centeio de 25,410 kg, de milho de 25,401 kg e de sorgo de 22,679 kg.
Por isso, temos que converter o preço em bushel de cada cultura em kg e então sabermos o preço de uma saca ou de uma tonelada do produto. Depois, ainda, converter o preço em dólar para reais.
É paradoxal, que os Estados Unidos, um país que se caracteriza pala inovação e modernidade tecnológica, ainda utilize uma unidade de medida de grãos tão primitiva.
Mas, como o preço internacional da soja é baseado na Bolsa de Chicago, os produtores ficam diariamente de olho na variação dos preços desse grão. Já Bolsa de Minneapolis (Minnesota) é forte para cereais, como trigo, aveia, cevada e milho. Mas, o preço nas Bolsa americanas é dado por bushel e não por saca, kg ou tonelada.
O bushel é na verdade uma medida de volume equivalente a um cesto utilizado pelos indígenas nas trocas de produtos, a semelhança da que estamos vendo na Figura abaixo, exposta na Bolsa de Cereais de Minneapolis, nos Estados Unidos.
Como o peso específico é diferente para cada tipo de grão, o peso de um bushel é variável. Por exemplo, um bushel de soja pesa 27,215 kg, de trigo 22,215kg, de aveia 14, 515kg, de cevada 21,772 kg, de centeio de 25,410 kg, de milho de 25,401 kg e de sorgo de 22,679 kg.
Por isso, temos que converter o preço em bushel de cada cultura em kg e então sabermos o preço de uma saca ou de uma tonelada do produto. Depois, ainda, converter o preço em dólar para reais.
É paradoxal, que os Estados Unidos, um país que se caracteriza pala inovação e modernidade tecnológica, ainda utilize uma unidade de medida de grãos tão primitiva.
Alto rendimento da soja
Prof. Elmar Floss
A maioria dos produtores da região, colheram uma excelente safra de soja em 2010. Esse alto rendimento da cultura é o resultado da conjugação de vários fatores como a escolha do cultivar, com alto potencial de rendimento e adaptado a cada região, da adoção das melhores tecnologias de manejo da cultura (densidade de plantas, época e profundidade de semeadura, adubação, controle de pragas, moléstias e plantas daninhas, dentre outras) e, quando as condições ambientais, especialmente, a disponibilidade de água, temperatura e luminosidade são ideais.
O alto rendimento começa com um bom desenvolvimento do sistema radicular, para uma maior eficiência na absorção de água e nutrientes do solo. O crescimento das raízes depende de uma boa estrutura física do solo, solo corrigido, adequada disponibilidade de nutrientes, especialmente, nitrogênio, enxofre, cálcio e boro, e, do tratamento de sementes com inseticidas e fungicidas, inoculação das sementes e a adubação de sementes com molibdênio.
Plantas com raízes bem noduladas, representa alta capacidade de fixação do nitrogênio do ar. Para exemplificar, para produzir 50 sacas de grãos (3.000 kg/ha), a soja necessita de 240 a 300 kg de N. Aproximadamente, 85% desses N é obtido gratuitamente através dessa fixação biológica, graças as bactérias do gênero Bradirhizobium, presentes nos nódulos. O restante do N é absorvido do solo, proveniente da decomposição da matéria orgânica e fertilizante utilizado na semeadura.
Como conseqüência, um bom desenvolvimento da parte aérea. Uma área foliar sadia, de 4 a 6 m2 de folha, verde e sadia, por metro quadrado de solo, no estádio de floração (estádio R1), uma maior duração da área foliar verde e um adequado teor de clorofila, para aproveitar melhor a luz solar. Para que se expresse o alto potencial de rendimento, é preciso que haja absorção de no mínimo 95% da luz solar incidente na lavoura.
Desta forma, a planta terá um grande número de vagens, especialmente no terço inferior, de 3 a 4 grãos por vagem e um bom enchimento de grãos. Quanto maior o número de grãos produzidos por área e maior o peso individual dos grãos, maior é o rendimento.
A maioria dos produtores da região, colheram uma excelente safra de soja em 2010. Esse alto rendimento da cultura é o resultado da conjugação de vários fatores como a escolha do cultivar, com alto potencial de rendimento e adaptado a cada região, da adoção das melhores tecnologias de manejo da cultura (densidade de plantas, época e profundidade de semeadura, adubação, controle de pragas, moléstias e plantas daninhas, dentre outras) e, quando as condições ambientais, especialmente, a disponibilidade de água, temperatura e luminosidade são ideais.
O alto rendimento começa com um bom desenvolvimento do sistema radicular, para uma maior eficiência na absorção de água e nutrientes do solo. O crescimento das raízes depende de uma boa estrutura física do solo, solo corrigido, adequada disponibilidade de nutrientes, especialmente, nitrogênio, enxofre, cálcio e boro, e, do tratamento de sementes com inseticidas e fungicidas, inoculação das sementes e a adubação de sementes com molibdênio.
Plantas com raízes bem noduladas, representa alta capacidade de fixação do nitrogênio do ar. Para exemplificar, para produzir 50 sacas de grãos (3.000 kg/ha), a soja necessita de 240 a 300 kg de N. Aproximadamente, 85% desses N é obtido gratuitamente através dessa fixação biológica, graças as bactérias do gênero Bradirhizobium, presentes nos nódulos. O restante do N é absorvido do solo, proveniente da decomposição da matéria orgânica e fertilizante utilizado na semeadura.
Como conseqüência, um bom desenvolvimento da parte aérea. Uma área foliar sadia, de 4 a 6 m2 de folha, verde e sadia, por metro quadrado de solo, no estádio de floração (estádio R1), uma maior duração da área foliar verde e um adequado teor de clorofila, para aproveitar melhor a luz solar. Para que se expresse o alto potencial de rendimento, é preciso que haja absorção de no mínimo 95% da luz solar incidente na lavoura.
Desta forma, a planta terá um grande número de vagens, especialmente no terço inferior, de 3 a 4 grãos por vagem e um bom enchimento de grãos. Quanto maior o número de grãos produzidos por área e maior o peso individual dos grãos, maior é o rendimento.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
AGRONEGÓCIOS 09-FENAGRANGO
FENAFRANGO 2010
Prof. Elmar Floss
No Parque de Exposições Wolmar Salton, realiza-se de 25 a 30 de maio a Fenafrango 2010 (Feira Nacional do Frango), reunindo toda a cadeia da produção da carne de frango.
Se considerarmos um raio de 150 km ao redor de Passo Fundo, concentra-se a maior produção de frangos no estado do Rio Grande do Sul.
Milhares de pessoas dependem de forma direta ou indireta da renda gerada pela cadeia do frango, seja na produção, transporte, industrialização e distribuição.
O consumo percapita de carne de frango triplicou no mercado interno, de 1989 a 2006, passando de 12,73 a 35,68 kg/percapita/ano. O mesmo acontece ao nível internacional, pois em 1990 a carne de frango era a terceira mais consumida no mundo e desde 2000, é a primeira. No Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, prevê que a produção brasileira de carne de frango vai crescer 64,0 no período 2005 a 2016. No mesmo período, o crescimento da produção de carne bovina está estimada em 33,3% e a suína, em 24,1%.
Na Fenafrango 2010, os visitantes poderão conhecer máquinas, equipamentos, produtos e serviços, cujas tecnologias propiciam um aumento da renda aos produtores.
O Programa prevê uma série de palestras com técnicos e autoridades dos mais diferentes setores da cadeia do frango, trazendo importantes informações para o crescimento do setor.
Também haverá um festival gastronômico, tendo como base a carne de frango, preparada das mais diferentes formas. Diversos restaurantes da cidade, estão durante essa semana preparando os mais diferentes pratos, tendo como base a carne de frangos.
Paralelamente, haverá Provas de Cavalo Crioulo e o 6º. Encontro Estadual de Produtoras Rurais.
Vale a pena conferir.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
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